Young Justice é a nova série de desenhos animados baseada nos heróis da liga da justiça dos quadrinhos da DC. Desde a última temporada do desenho da Liga da Justiça eu venho aguardando com ansiedade por essa nova empreitada da parceria Warner e DC e uma vez mais eles não me desapontaram.
Ao contrário do traço mais “cartunesco” que se popularizou a partir do desenho animado do Batmam e que foi utilizado nas duas temporadas do desenho da Liga da Justiça, Young Justice possui um estilo de desenho mais refinado e detalhado, similar ao estilo do desenho longa metragem da Mulher Maravilha e do Lanterna Verde, ambos excelentes. Os roteiros são bons, enxutos, rápidos, inteligentes e mais maduros que os da Liga, explorando conflitos de relacionamento, inseguranças além de conspirações e personagens pouco explorados do universo DC em desenhos animados.
Apesar da participação dos heróis tradicionais da Liga, os personagens principais desse desenho são os “side kicks” os parceiros mirins de heróis como Aquaman e Batmam. A equipe é composta por Robin, Miss Martian, Aqualand, Kid Flash (o kid flash original Wally West ao que me parece e não sua última encarnação dos quadrinhos “impulso”), Speedy (Ricardito no Brasil) e Super Boy. Na realidade a série parece ser influenciada pelos quadrinhos de duas equipes os novos Titãs e a equipe Young Justice – nos quadrinhos originalmente formada pelo trio Super Boy, Robin e Impulso – mas seus personagens tem personalidades e habilidades ligeiramente diferentes de suas encarnações no mundo dos quadrinhos.
A mais notável diferença está no Super Boy. Ele continua sendo um clone do Super Man, mas ao invés de ser um adolescente irresponsável e descolado, possui grandes conflitos relacionados a sua identidade. Um aspecto interessante foi o desenvolvimento que os roteirista deram a sua relação com o homem de aço. Nos quadrinhos ele foi quase que imediatamente “adotado” pelo Super, mas no caso do desenho, o último filho de Kripton fica claramente perturbado e desconfortável com o surgimento inesperado de uma versão adolescente dele mesmo, o que frustra as expectativas do jovem herói. A participação do Super Boy traz a tona o projeto Cadmus, que foi pouco explorado no desenho da Liga e que agora vem recebendo a merecida atenção.
Não falta ação ao desenho, as cenas de luta são muito boas e são diversão garantida, principalmente nos primeiros episódios quando os membros do grupo não conseguem agir em equipe de maneira adequada e, algo inusitado, muitas vezes lutam sem seus uniformes de herói, certamente para gerar maior identificação com o público adolescente.
Assim como Super Boy teve seu comportamento e personalidades ligeiramente alterados com relação a sua personalidade nos quadrinhos, os outros membros também são ligeiramente diferentes. Robin continua sendo um acrobata gênio dos computadores, mas está bem menos sisudo. O visual de Aqualand mudou radicalmente, no desenho ele é negro e possui mais características anfíbias como guelras e membranas interdigitais. Também é o mais velho da equipe e o mais maduro, ocupando a posição de líder que nos quadrinhos pertencia ao Robin. Kid Flash continua sendo o alívio cômico e seu conflito com as gerações passadas de Flashs e o fato de ser um garoto do futuro foram suprimidos. Imagino se assim como o Kid Flash dos Titãs ele terá problemas cardíacos devido aos seus poderes. Ricardito está ainda mais rebelde e com seu uniforme clássico de “side kick”. Sobre Miss Martian ainda não é claro se ela é na verdade uma “marciana branca”, a raça de monstros que devastou Marte e extinguiu a espécie dominante do planeta restando apenas o Caçador de Marte.
Young Justice é uma ótima pedida, mais um grande desenho animado baseado nos quadrinhos da DC. Certamente é diversão garantida mesmo para aqueles que não são fãs dos quadrinhos e querem apenas curtir um bom desenho animado de ação e aventura.
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