Ontem finalmente assisti ao remake cinematográfico O Besouro Verde (The Green Hornet), e é preciso que se diga que Seth Rogen e Evan Goldberg, os roteiristas, são uma dupla de gênios. O roteiro é excelente, com diálogos rápidos, afiados e inteligentes. O humor varia da extrema sutileza ao pastelão e a mistura de comédia e ação é perfeita. Seth Rogens está impagável como Britt Reid aka Besouro Verde e Jay Chou convence como Kato.
O filme também é repleto de referências divertidas, ao dar uma espiada no caderno de desenhos de Kato, Reid se depara com um desenho de Bruce Lee (o Kato da série de TV), e em uma das cenas de luta Kato aplica o “soco de uma polegada”, golpe de Wing Chun que se tornou famoso graças a Bruce Lee, e é claro que Kato não poderia deixar de usar a marca registrada de Bruce Lee: nunchakus.
A sacada mais genial do roteiro é fazer piada com o absurdo de um super herói que realmente não passa de um playboy bêbado e que depende de seu parceiro que faz tudo. Essa situação é explorada para criar uma “tensão cômica” entre os dois protagonistas e rende algumas da melhores piadas do roteiro. Seth Rogens aproveita para virar de cabeça para baixo os melhores clichês do gênero de heróis, diferente de Batman que finge ser um playboy irresponsável e mulherengo, Britt Reid realmente é um farrista e mulherengo incurável. Ele não se torna um herói para vingar a morte do pai, na verdade ele detestava o pai que realmente era um sacana viciado em trabalho, nem mesmo a mocinha do filme dá bola para ele (Cameron Diaz numa atuação fraca) e prefere Kato.
Apesar de todos os defeitos é impossível não gostar de imediato do fanfarrão e ego maníaco Reid, ele é a alma do filme, o que leva a outra sacada genial, pois o protagonista e herói é também o alívio cômico. Foram boas gargalhadas e diversão da melhor qualidade, O Besouro Verde vale cada centavo do ingresso, não percam.
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